Uma mulher de Nanuque, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais, foi
condenada a indenizar o ex-companheiro porque, além de traí-lo, fez
piadas sobre o desempenho sexual do homem para os colegas da empresa
onde ambos trabalham. A servente industrial terá que pagar R$ 8 mil por
danos morais por expor o homem a "situações vexatórias".
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o casal se
conheceu no trabalho e viveu junto por dez anos, mas a mulher começou a
trair publicamente o companheiro com um instrutor de autoescola. A
traição levou o casal a se separar, mas, de acordo com a ação, a mulher
ainda passou a fazer "comentários negativos e depreciativos" sobre o
ex-companheiro, dizendo para os cerca de 60 a 70 pessoas do setor onde
trabalham que ele tinha "pênis mole", "não dava mais nada na cama" e
"deitava e dormia".
A "humilhação" foi confirmada por pelo menos
duas testemunhas ouvidas pela juíza Patrícia Bitencourt Moreira, da 2ª
Vara de Nanuque, que condenou a mulher a pagar R$ 5 mil ao ex por
entender que o homem foi "lesado em sua honra" pela traição pública e
pelos comentários "absolutamente depreciativos" que "naturalmente
causaram inegável dor e constrangimento" ao autor da ação.
O
homem recorreu ao TJMG pedindo o aumento da indenização, enquanto a
mulher solicitou ao Judiciário que anulasse a sentença de primeira
instância alegando que, apesar de ter traído o companheiro, causou
apenas "meros dissabores" pelo "relacionamento fracassado".
Para o desembargador Gutemberg da Mota e Silva, da 10ª Câmara Cível do
TJMG, porém, a própria traição é um "escárnio" e "vilipêndio ao
companheiro", além de uma "ofensa às instituições e até mesmo ao dogma
religioso" e caracteriza uma "ofensa", agravada pelos comentários que
causaram "angústia, decepção, sofrimento e constrangimento" ao rapaz. Os
desembargadores Veiga de Oliveira e Mariângela Meyer concordaram com o
relator e aumentaram o valor da indenização. A advogada da mulher, Suzi
Patrice Aguilar, não foi encontrada no seu escritório em Nanuque para
falar sobre o caso.(Estadão)
Extraído de:
AMPMG
- 19 horas atrás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário