ANTONIO CARLOS VALADARES ACATA REPRESENTAÇÃO CONTRA
SENADOR PARA INVESTIGAR ENVOLVIMENTO COM CARLINHOS CACHOEIRA
DIDA SAMPAIO/AE - 04.04.2012
Demóstenes nega envolvimento
com contraventor Carlinhos Cachoeira
O presidente interino do Conselho de Ética do Senado, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) decidiu acatar a representação do PSOL contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), por envolvimento com o empresário do ramo dos jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo Valadares, Demóstenes terá prazo de 10 dias úteis, a partir de sua notificação, para apresentar sua defesa.
Valadares assume interinamente a presidência do
Conselho porque, na falta de uma indicação do PMDB, a quem
caberia a presidência do colegiado, senadores e líderes partidários decidiram
optar pelo parlamentar mais velho do Conselho, assim como ocorreu em
2009, na crise dos atos secretos revelados pelo jornal O Estado de São Paulo,
que levou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) ao conselho de Ética.
Na época o senador Paulo Duque (PMDB-RJ) com 81 anos de idade, foi escolhido
para a função.
Até o
momento, o senador não comentou publicamente o caso. Em 23 de março, pelo
Twitter, Demóstenes disse ser inocente e, por seus advogados, vêm afirmando que
fará uma defesa para conversar seus pares de que não tem envolvimento com os
negócios de Cachoeira, preso em fevereiro durante a Operação Monte Carlo da Polícia Federal. CPI. Líderes dos partidos
governistas e de oposição começam nesta terça também a coleta de assinaturas no
Senado e na Câmara para criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)
destinada a apurar as ligações políticas do contraventor Carlos Augusto Ramos,
o Carlinhos Cachoeira.
Como vários
partidos têm parlamentares citados pela Operação Monte Carlo, da Polícia
Federal, cada um acha que poderá implicar o outro na CPI - que seria a primeira
do governo Dilma Rousseff - e com isso colher dividendos eleitorais este ano e
em 2014. Em entrevista publicada ontem pelo Estado, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), disse que
"todos os políticos importantes de Goiás tiveram algum tipo de relação ou
de encontro com Cachoeira". Mas o PSDB de Marconi investe na CPI apostando
que as ligações do contraventor vão além dos limites de Goiás e podem bater às
portas do Palácio do Planalto.
Fonte / O Estadão
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